sexta-feira, 16 de abril de 2010
Direito de porta / Esquerdo de cama
Não estou certa se é apenas camomila ou oxigénio. A certeza faz-se em matos devolutos. É de outra vida. Os pensamentos são reclusos e ocos. As palavras alterariam tudo. A chave fazer-me-ia abandonar cada porção de seda. Esta agonia cobre-me o estômago de esmalte negro. Está todas as madrugadas no lado esquerdo da cama. Está todas as noites no segundo degrau das escadas para o quinto andar. É alucinação aquela beleza extrema. Será mais sublime que tu. O encanto está-lhe nas mãos de dedos finos compridos quadrados e no loiro límpido que tanto me subjuga. Talvez seja o meu reflexo. Não aprendi a ler. Nada tem em comum com velhos ídolos. Ataranta-me o cérebro e abate-me o tórax.
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