domingo, 11 de abril de 2010
Latitude / Longitude
O véu repousa entre folhas soltas e relva por aparar. Todo o negro é belo e magnetiza desejos descabidos. O céu é púrpura. O céu é meu. O céu é alto, é ser, é véu. Não carrego tectos. Nem um pé direito de dez milhares de metros me pisaria os fios de cabelo. O céu quer-se amplo, desnudo, austero. O véu ansiava continuar a extorquir sonhos meus. O véu insistia em colocar portadas de madeira nas janelas. O véu nunca foi de virgem. Desenraizei-o da minha testa. O vento acarretou-o e não mais consentiu que tamanha selvajaria se repetisse.
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