quinta-feira, 12 de julho de 2012

12

A sala não é a mesma mas estas são as mãos de sempre que compõem por saudade. Hoje magoa mais que ontem. De corpo jazido vejo que nem toda a muralha que levantei me ampara tal oco. Custa o céu e pesa ouro. A tua biografia está entranhada e nem com aço a afugento. Vultos, tudo são vultos fruto de um delírio infindável. Puxaste-me o tapete e foi difícil enfrentar as noites estreladas deste ano. Passaste a ter outro aniversário. Um cigarro aceso e um cruzar de pernas.

Pumpkins

Não gosto de toda a distância que nos desatrela. Quero abraçar-te sem que todos achem uma insídia de crenças. Quero sentir o cheiro da tua roupa e segredar-te que, sem tramas nem dramas, estou aí no teu ombro. Quero semear lágrimas e ouvir-te dizer que vamos envelhecer no tímpano um do outro.