quinta-feira, 12 de julho de 2012

12

A sala não é a mesma mas estas são as mãos de sempre que compõem por saudade. Hoje magoa mais que ontem. De corpo jazido vejo que nem toda a muralha que levantei me ampara tal oco. Custa o céu e pesa ouro. A tua biografia está entranhada e nem com aço a afugento. Vultos, tudo são vultos fruto de um delírio infindável. Puxaste-me o tapete e foi difícil enfrentar as noites estreladas deste ano. Passaste a ter outro aniversário. Um cigarro aceso e um cruzar de pernas.

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