segunda-feira, 28 de abril de 2014
Limbo me, limbo you
No meio das cordas do Jorge Palma remanescem as palavras que nunca serão sábias. Naquele bailar broto nos planos do depois nesse teu fumo que me incita o cabelo. Ouço-te proferir tudo aquilo que eu não ouso cultivar. Quem dera verbalizar o que me falas quando te encostas às minhas costas com os lábios colados. Não te rego o peito mas contemplo-o. Somos um círculo sem triângulos. Sem um berço, sem uma urna. Desengatilhados somos um do outro como se não houvesse fogo. Compõe-me! Atinge-me! Sabes que é amor narcotizado e compassivo. És a linha que desenhei. Mesmo quando sou a tua cabra antepões deslustrar-me o batom. Nem pareço imunda no teu desejo. Posso rogar-lhe aquele abraço? É como sofresse carência do que nunca desfrutei. Como se eu lhe coubesse tardiamente. Às vezes debato-me com o dia que cessarei a saudade daqueles braços. Sumptuosa noite invernosa em que tudo apreciei e nada pude concluir.
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