quinta-feira, 10 de abril de 2014

Tu! Eu! Nós!

Não te enxovalho. Tu és meu e a minha epiderme evoca a tua. O quarto é nosso. Sem retraimento rogo-te a cama e os lençóis coroados. Fazes-me tão bem quanto aquele derradeiro calafrio depois de todo o suor. A míngua é nossa. A lua afogueia cada embate dos nossos lábios. Todos os meus centímetros tresloucam e sem modéstia verbalizo que és estes trinta e sete graus. As tuas mãos são brasa. O deleite é nosso. Todas as máculas são perfeitas. Cegueira de velas, de olhos impenetráveis, de rendas, de dedos enforcados. Corpos lácteos de uma direcção restrita. Mordo-te a orelha e juro honrar esse teu ser. O amor é nosso. O teu perfume e o meu. Dois num. Um quarto. Nós!

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